Rede Natura 2000 – Sítio de Cabrela

No dia 30 de Abril de 2016 alguns membros do Geo Alentejo juntaram-se em busca dos tesouros da Rede Natura 2000 – Sítio de Cabrela. A aventura começou logo pela manhã, sendo o ponto de encontro no ponto inícia da Geocache GC5FBRC.

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Neste local simpático e sossegado, após confraternizarmos com os locais obtivemos as a informação solicitadas para conseguirmos as coordenadas finais. Como reparámos que o percurso T1 estava com alguns problemas, optámos por seguir exclusivamente o caminho T2 (Ida e Volta).

Estacionamos o carro junto das coordenadas N 38° 36.357 W 008° 27.073 e seguimos o percurso proposto.

Este percurso, apesar de não estar sinalizado, está em óptimo estado e oferece-nos bons momentos na bela planície alentejana.

Após 2KM de caminhada, chegámos à Geocache GC47Q9T, onde é possível visitar as ruínas de um moinho e de um monte abandonado.

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O grupo seguiu para as coordenadas do ponto T2 (N 38° 35.590 W 008° 26.294), onde é possível obter o resto da informação para o cálculo das coordenadas finais.

IMG_8851Ultrapassados todos os pontos obrigatórios, seguiu-se o percurso até ao GZ final, que ocorreu sem percalços de maior. Após termos efectuado o log, aproveitámos para almoçar perto da pequena barragem que está junto do GZ. O local é tão calmo e sossegado, que conseguimos apanhar alguns patos a passear pelas margens da barragem.

IMG_8870Após o almoço, seguimos o percurso de volta até ao local onde deixámos os carros estacionados. Terminada esta etapa seguimos de carro para a Geocache GC5NW1G.

IMG_8867A caminho tivemos a oportunidade de encontrar a Geocache GC5NW3A, que fica junto de um VG, que nos oferece uma paisagem tipicamente alentejana. No entanto o objectivo era a cache “CaBrElA – Rede Natura (PR1 MMN – Baldios)”, onde tentamos aceder através da Cancela 2, que estava fechada a cadeado. A opção mais viável para nós foi a Cancela 1, que se revelou ser a melhor opção, apesar da distância até ao GZ final ser maior.

IMG_8942Mais uma bela caminhada até ao local da cache, sendo um dos melhores momentos a passagem pela Albufeira de Morganhos, onde também os pescadores aproveitavam para pescar alguns peixes. Um pequeno espelho de água a destacar nesta caminhada.

IMG_8895Mais 2KM de caminhada e chegámos ao local do cache, que apareceu facilmente. O destaque vai completamente para a paisagem envolvente e a aventura proporcionada até chegar ao GZ.

IMG_8899_stitchFoi um dia completo, cheio de aventuras recompensados pela visita a locais escondidos e que bem caracterizam o nosso Alentejo.

Sobre o a Rede Natura 2000 – Sítio de Cabrela

O Sítio de Cabrela, com uma área total de 56 555 hectares, abrange parte dos concelhos de Montemor-o Novo, Viana do Alentejo e Alcácer do Sal.

Na área predominam os montados de azinho, alguns de sobro e montados mistos de azinho e sobro. Existem também manchas de medronhais, encontrando-se as galerias ribeirinhas em razoável estado de conservação.

Verifica-se a ocorrência de matos litorais com zimbros, florestas dunares de pinheiro-manso (Pinus pinea) ou pinheiro-bravo (Pinus pinaster), e formações herbáceas secas seminaturais e arbustivas em calcários (importantes habitats de orquídeas). Para além destes habitats de interesse prioritário, identificam-se ainda no Sítio um conjunto de outros 17 habitats constantes do Anexo I da Directiva Habitats

O sítio é uma área considerada importante para a conservação do lince-ibérico na região do Vale do Sado, dado que apresenta ainda manchas muito bem conservadas de vegetação natural que constituem um bom habitat para a espécie.

Destacam-se no sítio populações de armeria (Armeria rouyana), narcisos (Narcissus fernandesii) e o salgueiro-branco ou borrazeira-branca (Salix salvifolia ssp. australis), com populações estimada em menos de 50 exemplares.

Em relação à fauna, para além do já referido lince-ibérico (Lynx pardinus), destaca-se a presença da lontra (Lutra lutra), do cágado (Mauremys leprosa) e no caso dos peixes espécies como a boga (Chondrostoma polylepis), a boga-portuguesa ou pardelha (Chondrostoma lusitanicum) e o bordalo ou ablete (Rutilus alburnoides).

No que respeita a aves, são residentes no Sítio espécies como o bufo-real (Bubo bubo), o alcaravão (Burhinus oedicnemus), o peneireiro-cinzento (Elanus caeruleus), a cotovia-montesina (Galerida theklae), a águia-de-Bonelli (Hieraaetus fasciatus) e o sisão (Tetrax tetrax). Das espécies migradoras destacam-se como nidificantes a águia-cobreira (Circaetus gallicus), o tartaranhão-caçador (Circus pygargus), a águia-calçada (Hieraaetus pennatus), e o milhafre-preto (Milvus migrans) e como invernante a tarambola-dourada (Pluvialis apricaria).